Planaltina Goiás



Nome - Planaltina


UF  - Go

Aniversário19 de março Fundação 1790 Gentilíco PlanaltinenseÁrea - 2.539.119km²População - 79.651 hab.  IBGE/2009Densidade - 38.8 hab./km²Clima - Tropical Pib R$ 237.511 mil   IBGE / 2005Fazendas - 959 Escolas 63 Ensino superior - Campus da UEG Taxa de Alfabetização - 85.6% (2000)Taxa de mortalidade infantil - 14.8


História 






Localizado a cerca de 20 quilômetros da cidade-satélite do mesmo nome, o município de Planaltina de Goiás, apesar de ser relativamente novo, tem uma história que se confunde com a de Brasília e inúmeros problemas sociais em conseqüência do excesso populacional e da falta de critérios na sua ocupação.

Com a mudança da capital federal do Rio de Janeiro para Goiás, parte do município goiano de Planaltina, que já existia há 100 anos, ficou fora do quadrilátero estabelecido para o Distrito Federal. Para essa parte, foi estabelecido o prazo de um ano para o assentamento de uma nova sede que funcionou, provisoriamente, perto da lagoa formosa, passando depois para São Gabriel de Goiás. O primeiro prefeito desse novo município foi Francisco Muniz Pignata.

Ao seu sucessor na prefeitura, Eloi Pinto de Araújo, mineiro de Dores do Indaiá, no período de 1965 a 1969, coube a iniciativa de efetivar o assentamento da nova sede do município. O local escolhido foi a Fazenda Brasília, de propriedade de Joaquim Gonçalves, conhecido por Joaquim Mineiro.

Naquela área, identificada hoje por uma pedra fundamental, iniciou-se a construção do fórum do município, em 1967, que recebeu o nome de Planaltina de Goiás, resultado de um plebiscito realizado no mesmo ano.

O seu início apresentou inúmeras semelhanças com a própria construção da capital federal, entre elas, o desbravamento do cerrado capitaneado por um mineiro; os barracos de madeira que, a princípio, abrigaram os primeiros habitantes e os principais órgãos públicos municipais. Por essas e outras coincidências, o município recebeu o apelido de "Brasilinha",diziam.

Mas as coincidências com Brasília não param por aí. A cidade também tinha um planejamento de urbanização, com a área a ser ocupada previamente definida, de forma a facilitar a implantação dos serviços públicos básicos.

Essa área previa a ocupação, nos próximos 50 anos, de 22 mil lotes que abrigariam cinco pessoas, em média, o que significaria uma população de cerca de 110 mil habitantes em 2017. Em menos de 30 anos, a população já atingiu os 80 mil habitantes, de acordo com estimativas locais, que questionam os dados do censo de 1991, indicando uma população de apenas 42 mil habitantes.

Um fator que também contribuiu para o agravamento dos problemas sociais, foi a expansão do perímetro urbano, que nesse mesmo período aumentou cerca de seis vezes,o que gerou uma desordem habitacional,tornando a cidade maior do que realmente parece.

Com a criação de Brasília e do mito do "novo eldorado", a corrente migratória originária de todos os pontos do país tomou a direção do planalto central. Em Brasília houve a preocupação de serem ocupados, inicialmente, apenas os espaços previstos no seu julgamento. O governo militar não permitia invasões de outras áreas.



Os administradores da cidade tiveram sua parcela de responsabilidade com a situação ao permitirem loteamentos,como a Vila Mutirão que fica localizada quatro quilômetros fora da área planejada.Acataram um grande contingente populacional sem exigir do governo uma contrapartida de infra-estrutura básica.



É impossível urbanizar o cerrado entre a sede do município e os loteamentos. Deve haver uma discussão com as comunidades sobre as suas necessidades prioritárias, para levar-se depois a solução.

Na questão da saúde, por exemplo, leva-se o médico, o dentista, o assistente social, tendo-se uma radiografia social previamente levantada de toda a situação existente, possibilitando-se até ações preventivas, através de noções básicas de higiene.

O município atravessa uma situação crítica, visível a olho-nu. Possui apenas um hospital público, e outro particular, que atende também pelo Sistema Único de Saúde - SUS.



O hospital público só funciona durante o dia, atendendo emergências simples e consultas, como um posto de saúde. À noite ostenta uma plaqueta onde se lê. “não temos médico”. Os casos mais graves são encaminhados para o hospital particular, que trabalha acima da sua capacidade de atendimento, sem receber cerca de 2/3 dos serviços, pelo fato de ter ultrapassado a cota. 


A outra alternativa utilizada é encaminhar o paciente para a rede hospitalar do DF. Com todos esses problemas visíveis,e tantos outros apresentados dia a dia na cidade, ainda assim o município não conta com o apoio necessário do Governo do Estado de Goiás.


Ainda na área de saúde, a população convive com problemas elementares, que já poderiam ter sido resolvidos, como é o caso da área onde é depositado o lixo. Ela fica localizada na área urbana, próxima a um córrego que abastece algumas propriedades rurais, como risco de ser contaminado por microrganismos que vão se manifestar na saúde das pessoas. O Conselho de Saúde, formado por 14 pessoas da comunidade, já impetrou até uma ação Civil pública, na justiça, exigindo a mudança do local do depósito.

Unidos, os produtores rurais reivindicaram e conseguiram dos governos do estado de Goiás e do Distrito Federal, em pouco mais de dois anos de existência da associação, sementes insumos, eletrificação rural e o reparo das estradas.

A população rural tem de sentir-se segura no campo. Para isso, é fundamental que os benefícios públicos básicos como escolas, assistência médica e lazer cheguem até a zona rural.

O poder público tem que incentivar a criação de agroindústrias ou a instalação de empresas que criem mais empregos, inclusive na área urbana. Só assim a cidade sairá da dependência do DF e perderá o estigma de “cidade-dormitório".